O jogo era contra o Guarany de Espumoso na noite deste sábado (30), naquela cidade, valendo vaga para a final da Série A do Gauchão de Futsal. A primeira partida foi em Erechim e o Atlântico perdeu por 5 a 2. No jogo da noite deste sábado o Galo foi o vencedor no tempo normal por 4 a 1 e o jogo foi para a prorrogação. O Guarany fez o primeiro e o Atlântico logo em seguida empatou em 1 a 1. No final do primeiro tempo ocorreu um fato lamentável, quando um torcedor do Guarany cometeu crime de racismo contra o goleiro João Paulo do Atlântico.

(Goleiro João Paulo do Atlântico - Foto: Divulgação Redes Sociais)

O jogo foi paralisado com protestos por parte de atletas e dirigentes do Galo. Não havia policiais dentro do ginásio, apenas seguranças contratadas pela equipe local. Desta forma o torcedor identificado não recebeu ordem de prisão o que ficou indignado por parte do Atlântico futsal, que resolveu abandonar a quadra. A arbitragem foi comunicada, fez os devidos registros na súmula e deverá fazer o relato à Federação Gaúcha de Futsal, que por sua vez, irá decidir como vencer o resultado da partida.

Diante de todos esses acontecimentos, ainda na noite de sábado (30), a Direção do Atlântico Futsal emitiu uma Nota de Repúdio:

“O Atlântico Futsal repudia de forma veemente os atos de racismo contra seu atleta, João Paulo, durante o jogo deste sábado, dia 30 de novembro, válido pelas semifinais do Gauchão de Futsal Série A.

Tais fatos são descabíveis, totalmente contra ao que o Atlântico defende como conduta esportiva e qualquer ato como este, precisa ser punido no rigor da Lei.

Esta é a segunda vez que um atleta de nossa equipe é ofendido por torcedores do Guarany (antes, em 2023, contra o atleta Kauê).

É preciso dar um basta ao racismo. O esporte é para unir as pessoas, e não criar ambientes de discórdia e de ofensas, especialmente graves como o racismo.

O Atlântico Futsal e o atleta João Paulo estão tomando as medidas cabíveis. Além disso, o Clube está prestando todo apoio ao atleta.”