O Centro Clínico Veterinário da URI recebeu na terça-feira, 5, uma coruja jovem mocho-diabo, encontrada por um morador na área urbana de Erechim e encaminhada ao Corpo de Bombeiros. A corporação, por sua vez, encaminhou a ave para uma avaliação da equipe médica veterinária do Curso de Medicina Veterinária da Universidade.

Após os primeiros atendimentos foi observado que a coruja-diabo não apresentou nenhuma lesão e sem sinais clínicos de enfermidades. Então, uma equipe de veterinários, representada pelo professor Guilherme Lopes Dornelles, do Centro Clínico Veterinário, optou para que o animal permaneça em reabilitação, devido a pouca idade, até que ele tenha condições de retorno à natureza.

A espécie asio stygius é popularmente conhecida como coruja-diabo ou mocho-diabo, e pode ser encontrada principalmente nas regiões Sudeste e Sul do País e se alimenta de pequenos mamíferos, aves e insetos.

(Coruja mocho-diabo já adulta – Foto: Divulgação) 

Nesta espécie, os machos podem ter de 40 a 43 cm e pesar de 300 a 700 g, enquanto as fêmeas podem variar entre 38 a 48 cm e pesar um pouco mais. Ela pode ser facilmente identificada pela íris amarelada nos olhos e pelos dois tufos longos no topo da cabeça. A face é escura com o disco delimitado por um pintalgado branco com uma curta sobrancelha branca. A coroa (parte superior da cabeça) é fortemente pintalgada de branco. O dorso apresenta coloração cinza amarronzado e o ventre é creme, com estrias marrons escuras. Os tarsos são emplumados.

De acordo com a professora Daniela dos Santos de Oliveira, coordenadora do Curso de Medicina Veterinária, o Centro Clínico Veterinário já recebeu uma grande quantidade de animais silvestres para reabilitação, que são encaminhados pelo PATRAM ou pelo Corpo de Bombeiros. De 2021 até o momento foram atendidos 47 animais, sendo Cervos (6), Corujas (5), Tatu (3), Jabuti (1), Quero-Quero (4), Gambá (15), ouriço-cacheiro (2), Quati (1), Raposa, (1) Graxaim (1), Jaguatirica (1), Aves (Tucano, Maritaca, Pomba, Sabiá e Gavião).